À medida que os cães envelhecem, problemas oftalmológicos tornam-se mais recorrentes. No artigo de hoje, saiba tudo sobre a catarata em cachorros, quais as suas causas, sintomas, tratamentos e se há maneiras de preveni-la.
A catarata começa quando o cristalino, estrutura ocular responsável pela focalização da luz e formação de imagens, perde sua transparência, e tal qual ocorre com a lente suja de uma câmera, torna a visualização das coisas turva.
Dessa maneira, a catarata nada mais é do que o surgimento de opacidade nos olhos, que causa a perda progressiva da visão, indo da visão turva até a cegueira completa.
A ocorrência de catarata em cachorros pode estar ligada às mais diversas causas. Dentre elas, estão:
A catarata em cachorros pode ser classificada por estágios, sendo que quanto maior a opacidade do cristalino, mais grave é a perda de visão. Confira cada um deles:
É o estágio inicial da catarata. Nele, são notáveis pequenos pontos opacos, que acometem de 10% a 15% do cristalino. Pode não evoluir em alguns casos, mas necessita de acompanhamento.
A opacidade sobre o cristalino começa a crescer, e nesta fase, o animal apresenta visão turva. O grau de opacidade pode variar de 15% a 80%.
Neste estágio, o cristalino encontra-se praticamente todo opaco, ocasionando perda parcial ou total da visão. Os olhos encontram-se com o aspecto esbranquiçado e uniforme.
A partir dessa fase da doença, o médico veterinário geralmente indica a realização de cirurgia para tentar restabelecer a visão do cachorro.
Se o diagnóstico for tardio ou a cirurgia não for realizada, chega-se ao estágio mais grave da catarata.
Na fase hipermadura, há a inflamação crônica dos olhos, afetando toda a estrutura do cristalino, e podendo levar a outras complicações graves, como o glaucoma, e provocar um quadro de cegueira irreversível.
É importante frisar que a catarata pode ser uni ou bilateral, ou seja, pode afetar somente um ou ambos os olhos ao mesmo tempo, e seu desenvolvimento pode levar desde semanas até anos para ocorrer, dependendo do caso.
Os principais sintomas da catarata são:
É preciso estar atento, principalmente porque devido ao lento avanço dessa doença, quando o tutor percebe a opacidade ocular, o estágio da catarata encontra-se avançado.
O diagnóstico da catarata, como de qualquer outra doença ocular, envolve a observação de sintomas, análise do histórico do animal e realização de alguns exames específicos complementares, conforme a necessidade individual do paciente. Alguns destes exames são:
Exame responsável por avaliar as estruturas do segmento anterior (córnea, íris e cristalino, por exemplo) e o fundo de olho (nervo óptico e retina central).
Exame que mede a pressão intraocular.
Exame que avalia toda a estrutura interna e anatomia ocular.
Exame que verifica a funcionalidade da retina.
Antes do procedimento cirúrgico, o cãozinho também costuma passar por eletrocardiograma, para avaliar possíveis riscos à sua vida.
Não há medicamentos capazes de combater a catarata, sendo que o único meio de tratamento é a cirurgia.
Todo procedimento cirúrgico envolve riscos, mas por ser a única alternativa disponível para frear a doença e evitar uma cegueira irreversível, é vital ter em mente a importância de sua realização.
A cirurgia de remoção da catarata é chamada de facoemulsificação, onde o médico veterinário, através de uma pequena incisão consegue retirar a lente intraocular “danificada” e trocá-la por uma substituta. Trata-se de um procedimento delicado, mas que costuma ser efetivo.
Após a operação, o acompanhamento do médico veterinário irá continuar, por meio da indicação de colírios específicos e algumas mudanças na rotina do cachorro, tudo para que a recuperação ocorra sem maiores preocupações.
Vale ressaltar que o sucesso do tratamento vai depender de vários fatores, como as condições de saúde e a idade do animal, mas principalmente do estágio que se encontra a catarata, pois quanto mais cedo o diagnóstico for estabelecido, maior é a possibilidade da visão ser recuperada.
Seguir as recomendações pós-operatórias à risca também é determinante para a recuperação total do cachorro.
Porém, dependendo dos resultados dos exames pré-operatórios e das condições de saúde do cãozinho, infelizmente a cirurgia não é recomendável para todos os casos.
Se o cachorro apresentar complicações de saúde, idade avançada ou o risco da cirurgia for muito alto, considera-se que o paciente não está apto para o procedimento.
Caso isso ocorra, os cuidados serão focados então, na adaptação dele à doença, de forma que a qualidade de vida não seja totalmente prejudicada, ainda que o cachorro venha a perder a visão.
Graças ao avanço no que diz respeito à cirurgia de catarata, pode-se dizer que sim, a doença possui cura, desde que seja diagnosticada precocemente.
Qualquer cão pode desenvolver catarata, porém, algumas raças possuem uma maior predisposição genética à doença. São elas:
A catarata é sem dúvidas, uma das doenças oculares mais complicadas de serem prevenidas, já que a grande maioria dos casos ocorrem devido ao avanço natural da idade, e estão ligados à predisposição genética. Sendo assim, não é possível evitar esse tipo de catarata.
Já a catarata decorrente de outros problemas, como a diabetes, por exemplo, é passível de prevenção por meio da manutenção de uma rotina saudável, com alimentação balanceada e exercícios.
Manter os exames oftalmológicos e as consultas do seu cãozinho em dia também é fundamental, pois mesmo que a catarata em si não seja evitável, identificá-la precocemente permite um tratamento muito mais eficaz e por consequência, uma qualidade de vida bem melhor.
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