A cegueira repentina em cães certamente trata-se de uma constatação desesperadora para qualquer tutor, principalmente diante da possibilidade de o cãozinho nunca mais voltar a enxergar.
Mas quais são as possíveis causas por trás disso? Há reversão? Confira as respostas no nosso artigo e saiba como prevenir a cegueira em cachorro!
Primeiro de tudo, é importante frisar que nem toda cegueira em cachorro possui a mesma origem. Dessa forma, a reversão do quadro dependerá diretamente da causa. A perda de visão ligada ao envelhecimento do pet, por exemplo, é bem difícil de ser tratada ou evitada, já que faz parte de um processo natural do organismo.
Já outras causas, como a cegueira em cães ligada a doenças oftalmológicas ou sistêmicas, é bem mais urgente. Confira a seguir quais são as principais patologias que podem fazer com que um cãozinho fique cego!
Uma das doenças mais comuns no nosso consultório, a catarata em cachorros é um quadro multifatorial, mas que também pode se dar devido ao envelhecimento do animal.
Quando o cristalino, que é uma lente localizada atrás da pupila, começa a perder sua transparência, o animal passa a enxergar turvo, pois essa estrutura é responsável pela focalização das imagens. Essa condição de opacidade ocular é a catarata.
Outra doença bem difundida é o glaucoma em cachorros. Nesta patologia, ocorre um aumento na pressão intraocular devido a um desequilíbrio na produção de humor aquoso, líquido que lubrifica e nutre os olhos. Com esse aumento, o nervo óptico por sua vez, sofre lesões. Todo esse processo, que costuma ser silencioso, faz com que o pet fique com a visão comprometida.
Sem o tratamento adequado no tempo certo, o animal acaba perdendo completamente a capacidade de enxergar.
Inflamações em uma área tão sensível como os olhos também pode resultar em perda visual. É o caso, por exemplo, da uveíte em cães.
Neste quadro, o trato uveal é o principal atingido. Essa estrutura corresponde a íris, corpo ciliar e membrana coróide, que pode ser afetada integral ou parcialmente.
Sua origem pode estar relacionada a doenças primárias, tumores oculares, infecções, traumas e até presença de corpo estranho.
Já quando ocorre alguma alteração ou problema nas glândulas lacrimais, há um ressecamento na superfície ocular, que costuma afetar principalmente a córnea e a conjuntiva. Essa doença é conhecida como ceratoconjuntivite seca ou “olho seco”, e costuma ser bem comum em cachorros, sobretudo em raças braquiocefálicas.
Sua causa pode ser devido a fatores ambientais (clima seco, fumaça ou excesso de vento), predisposição genética, anormalidades palpebrais e até por ser sintoma de alguma doença mais grave, como diabetes canina, cinomose ou leishmaniose.
Como a maioria das doenças oftalmológicas, sua origem é bem diversa, e caso não seja tratado, o olho seco também pode cegar o pet.
Outro problema ocular bastante incômodo, a conjuntivite em cachorro também é uma inflamação, que afeta sobretudo a conjuntiva (membrana que recobre a parte branca dos olhos) e pode ocorrer pela ação de bactérias ou vírus, ou outros fatores.
Costuma ser autolimitante, porém, se o seu surgimento estiver relacionado a outros problemas de saúde, como doenças sistêmicas, a consequência infelizmente será a cegueira.
Traumas oculares por brincadeiras do pet ou acidentes dentro de casa também podem ser graves e provocar a cegueira em cães. O mais comum e preocupante é que um trauma ou lesão nos olhos evolua para uma úlcera de córnea.
Outra possibilidade é que alterações nas pálpebras do cão, como entrópio ou ectrópio, provoquem lesões e deixem os olhos mais suscetíveis a inflamações e feridas locais. Para saber mais detalhes sobre essas condições, é só clicar aqui.
O olho do cão, como toda estrutura complexa do organismo, é formado por uma série de partes fundamentais, e uma delas é a retina. Esta fina membrana localiza-se no fundo dos olhos, e está localizada próximo ao nervo óptico.
Dentre as funções da retina está o envio de impulsos nervosos ao cérebro por meio de fotorreceptores, como os cones e bastonetes.
Porém, quando ocorre a degeneração desses fotorreceptores, temos a atrofia progressiva de retina, que é um problema hereditário e infelizmente não possui cura.
O animal perde a visão gradativamente e o tratamento da atrofia geralmente visa evitar ao máximo o sofrimento do pet, promovendo sua adaptação à cegueira.
Por fim, doenças sistêmicas graves também podem levar um cachorro à cegueira. É o caso, por exemplo, da cinomose, da leishmaniose e da diabetes canina.
Essas doenças são conhecidas por não afetarem somente uma região, mas sim todo o corpo do animal, comprometendo o funcionamento do organismo e podendo provocar até mesmo a morte.
Agora que você já conhece as possíveis causas por trás de um quadro de cegueira, cabe ressaltar que nenhuma cegueira em cães é repentina e nem ocorre do dia para a noite. O que acontece é uma demora na detecção de sintomas pelo tutor, que infelizmente é muito comum e dificulta a busca por um tratamento eficaz.
Para evitar que o seu cãozinho seja acometido por alguma complicação ocular, fique atento aos sinais que ele pode apresentar, como:
Qualquer outro sinal que o cachorro não está normal, como perda de peso, vômitos, respiração ofegante, urinar em excesso ou alterações nas fezes, também devem ser investigados a fundo!
Reparou como determinar a origem de um problema ocular em cães pode ser complexo? Sendo assim, o tratamento para evitar a cegueira ou pelo menos, retardar suas consequências, depende da causa, do estágio e da resposta individual de cada paciente.
Vale lembrar que o único profissional capaz de definir um diagnóstico com precisão e indicar o melhor tratamento é o oftalmologista veterinário.
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Ainda tem dúvidas sobre as causas da cegueira repentina em cães? Deixe um comentário abaixo!